Complexos, dislexias, paralisias… Não necessariamente por esta ordem, mas por vezes existem “bloqueios” de expressão. Há quem os contorne através da escrita, pintura, dança, canto…

Os Clã são um desses exemplos e ainda um caso raro no panorama musical português. Têm “apenas” uma senhora que extravasa todos os parâmetros de qualidade. Dona de uma voz singular, facilmente cria empatia com o público, colocando em cada música um ritmo frenético muito particular. Manuela Azevedo respira e transpira música por todos os poros do seu pequeno corpo. «És grande!», exclamou, vezes sem conta, alguém do público. Uma certeza de que também as mulheres não se medem aos palmos…

Mas a “tribo”, a “família”, não é só feita de vozes. Os teclistas (dois), baterista e guitarrista também eles se deixam contagiar pela aura do único elemento feminino. Juntos formam um clã coeso, com “competência para amar” e cantar. Capazes de fazer dos tons e dos sons combustões que incendeiam a alma, é caso para dizer que não têm qualquer “problema de expressão”.

Ontem, passearam-se junto ao Mosteiro da Batalha…

“Black Holes and Revelations” é o mais recente trabalho dos britânicos Muse, depois de “Showbiz” (1999), “Origin of Symmetry” (2001), “Hullabaloo” (2002) e “Absolutions” (2003). O single de lançamento – com o mesmo nome do álbum – faz lembrar, por momentos, outro som alternativo: Beck.
Apesar de não se prever uma “abalo sísmico” com a mesma intensidade que “Origin of Symmetry” e “Absolutins”, “Black Holes and Revelations” vale a pena ser ouvido. Enquanto isso, aqui fica o videoclip do primeiro single.
Nascidos em 1997, simplesmente da vontade de três amigos de tocar em conjunto, Matthew Bellamy (guitarrista e vocalista), Chris Wolstenhome (baixista) e Dominic Howard (baterista) dão cor aos Muse.